quinta-feira, 28 de abril de 2011

O inferno são os outros

Sei que tenho colocado dicas sobre entrevistas de emprego, processos seletivos e entrevistas coletivas, mas hoje quero dividir com vocês uma experiência que tive que é um pouco ilustrativa de como os consumidores vêem os operadores de telemarketing.
Estava na fila do mercado e uma senhorinha estava contando para uma outra senhora seus problemas de saúde e em determinado momento disse a ela que " para completar a mocinha do telemarketing havia ligado na hora em que ela estava organizando a casa" e disse para a operadora que "respeitasse esse momento dela, que ela não estava bem de saúde e mesmo assim ela ligou e por que não havia escolhido outra pessoa para ligar?"
Na hora ri, mas retornei para casa pensando naquela palavra..."escolhido". É isso que as pessoas pensam? Que os operadores ficam lendo vários perfis de clientes e escolhem o que está vivendo seu pior momento para ligar? Óbvio que não. Até porque se pudéssemos escolher só ligaríamos para aqueles clientes que querem receber nossa ligação ou só atenderíamos os que procuram as centrais!
Falta um pouco de marketing sobre o sistema de funcionamento de uma central de atendimento. A maioria das pessoas a quem questionei depois de ouvir essa conversa me disseram desconhecer o "discador" e o "mailing" usado pelo sistema para selecionar as chamadas. Também não são os operadores que escolhem ligar três, quatro, cinco vezes pra casa do cliente, para seu celular ou trabalho. Nem são eles que determinam que o cliente vai receber a ligação às nove horas da manhã justamente naquele dia em que ele não dormiu nada! Até porque se pudessem escolher não ligariam para ninguem a essa hora em um sábado ou feriado.
Mas será que um dia alguém vai se preocupar com isso? Equipes de analistas vão começar a estudar os motivos que levaram os clientes, a mídia e formadores de opinião terem e expressarem publicamente a sua repulsa por tudo que diz respeito ao telemarketing?
Volto a minha pergunta de "posts" anteriores: Vamos fazer diferente?

segunda-feira, 18 de abril de 2011

Entrevistas de emprego-Habilidades comunicativas

Dando continuidade a nossa série "Entrevistas de emprego", posto mais uma matéria do site empregos.com.br, inclusive adicionarei o link para ele na nossa lista de links para que vocês possam pesquisar outros assuntos. Quero deixar claro que antes de optar pelas matérias deste site leio sobre o assunto em diversos outros e me decido por ele pela clareza, simplicidade e relevância dos assuntos.


Habilidades comunicativas para o sucesso em uma entrevista
Por Luís Pereira 
Consultoria aponta cinco características determinantes para o sucesso em uma entrevista de emprego
Diante do desafio de colocar à prova o seu conhecimento e ser analisado por um interlocutor, é praticamente impossível não sentir certo nervosismo. Em situações como essa, a falta de preparo aliado à ansiedade e ao excesso de emotividade como um todo pode prejudicar significativamente as habilidades comunicativas, qualidades fundamentais para que se obtenha êxito em uma entrevista. 

Pensando nisso, a Right Management, consultoria organizacional especializada em transição de carreira (outplacement), divulgou um estudo recente que detectou cinco habilidades comunicativas determinantes para o sucesso de um candidato numa entrevista de emprego. "Nesta pesquisa ouvimos pessoas das organizações, pessoas que fazem "search" e seleção. Foi ouvindo um hall enorme de gente que consolidamos nossas percepções", explica Matilde Berna, diretora de Transição de Carreira e Avaliações da Right Management. 

Os resultados permitem desenvolver métodos para melhorar a habilidade de comunicação eficiente e segura. As principais conclusões do estudo apontaram como habilidades comunicativas críticas: 

Respostas lacônicas 
Nada é pior para um entrevistador que uma resposta vaga e lacônica. Por outro lado, respostas longas demais demonstram que o candidato está nervoso e pode ter esquecido o cerne da questão, tentando substituir o conteúdo por quantidade. Esse tipo de resposta é indelicada e desperdiça o tempo precioso do entrevistador com histórias que não têm ligação com a questão que está sendo discutida. Segundo Berna, "com tanta preocupação em agradar, os candidatos acabam se perdendo e dando respostas evasivas". 

Um bom ensaio, incluindo o feedback de alguém cuja opinião lhe seja relevante, ajudará a formular as respostas, que devem ser equilibradas entre responder adequadamente às perguntas do entrevistador e manter seus comentários com duração apropriada. 

Estrutura das respostas 
Uma resposta estruturada e concisa indica pensamento organizado e demonstra que o candidato não só tem o domínio do assunto, como também sabe como comunicá-lo. Antecipar perguntas permite preparar e praticar respostas - o segredo para assegurar que o entrevistado está comunicando algo importante e convincente. Ser eficiente em uma entrevista é semelhante a ser um bom orador. Cada resposta é resumida e pode conter alguns dos mesmos elementos de um discurso feito a um público maior, mas mais sutilmente.
Especialmente ao responder a perguntas cruciais e complexas ou a perguntas que requeiram respostas em partes, é preciso estruturar a explicação, de modo que o ouvinte possa acompanhar facilmente o está sendo dito. Por exemplo, é possível delinear as repostas no discurso de abertura que indica o escopo do que seguirá. Cada parte da resposta, então, pode ser destacada ou sinalizada de algum modo, para mostrar de qual subtópico se está falando - do mesmo modo que os títulos em negrito de um artigo. Por último, pode-se encerrar as considerações com algo que junte as idéias e convide o entrevistador a intervir. "Você não deve se preocupar em falar muito pouco ou falar muito. Tem que se preocupar em falar o suficiente e de maneira organizada". 

Fluxo lógico das informações
A lógica é o meio pelo qual se faz os argumentos racionais que dão sustentação às opiniões - conectando idéias, fornecendo evidência e chegando a conclusões para uma mensagem persuasiva. Quando se fala de forma lógica, as pessoas conseguem seguir o raciocínio de quem fala e ver como e por que esta pessoa chegou a ele. A lógica existe sob diversas formas, incluindo: uma seqüência natural ou série de pensamentos, como os passos de um processo; raciocínio partindo de uma causa a um efeito; dando apoio a uma afirmação geral, com um exemplo específico ou ilustração, ou indo de exemplos a uma generalização. 

Em uma situação de entrevista, a lógica relaciona-se à idéia de estrutura porque demonstra ordem, por meio do pensamento - essas são qualidades-chave para qualquer emprego. Do contrário, se um candidato faz afirmações gerais sem um raciocínio adequado ou sem exemplos que lhes dêem suporte, ou apresenta idéias de modo desconexo, o entrevistador terá pouca base para concluir que ele realmente tem conhecimentos e que é capaz de liderar outros de modo persuasivo ou, ainda, de se comunicar efetivamente com a gerência. 

"A lógica está ligada às respostas que você dá em detrimento ao teu histórico de carreira e a sua experiência". 

Contato visual 
Um fato fundamental na comunicação interpessoal é manter contato visual, aumentando a sensação de afinidade, comprometimento e confiança mútua. Olhar a pessoa com a qual se fala é um sinal de respeito e atenção. Isso é especialmente importante quando se está escutando. Se os olhos do candidato vagueiam pela parede da sala enquanto o entrevistador está falando, inconscientemente ele está passando a mensagem de que não tem interesse naquilo que é dito, distrai-se facilmente ou tem outras coisas em mente. 

Um bom contato visual não precisa ser ininterrupto, pois ninguém gosta de ser encarado, mas deve ser interrompido apenas ocasional e momentaneamente. 

"É péssimo quando você entrevista alguém e essa pessoa está com o olhar perdido, isso demonstra desleixo, falta de concentração e até uma certa insegurança nas pessoas", afirma Berna. 

Caso seja difícil manter contato visual, é bom que este seja praticado durante a preparação para uma entrevista. O candidato pode pedir a ajuda de um colega ou de um tutor para avaliar quão bem ele se sai e o que deve ser melhorado. 

Fala clara 
O entrevistado não tem de ser um ator ou locutor para falar de modo claro, mas é preciso estar consciente disso e se esforçar. Poucas coisas podem arruinar uma primeira impressão boa como uma fala descuidada, enrolada ou ininteligível. Isso faz as pessoas pensarem que o candidato não se importa se o que diz é ouvido ou compreendido, e o ouvinte pode se cansar em breve. Às vezes, a fala confusa indica timidez ou falta de autoconfiança. 

"Às vezes o candidato deixa de falar de maneira simples para falar sofisticadamente, tentando enriquecer o seu repertório. Acho que falar bem não significa falar de maneira complexa. Falar bem significa falar de maneira simples, transparente e ter um discurso tranqüilo. Ou seja, fazer com que o interlocutor goste da conversa". 

Praticar, inclusive gravando e revendo seus hábitos de fala, em conjunto com uma boa orientação e um bom feedback, pode ajudar bastante a tornar sua fala audível, clara, confiante e natural.

domingo, 17 de abril de 2011

Entrevistas de emprego

Apesar do nosso blog tratar especificamente sobre telemarketing, resolvi colocar algumas dicas, matérias e entrevistas sobre processo seletivo, entrevista coletiva etc. Pra começar irei publicar uma matéria muito legal que li no site Empregos.com.br
Tem várias dicas muito legais sobre postura, comportamento e o que dizer e não dizer. Aproveitem!

Não queira se sobressair dos demais candidatos na entrevista coletiva

Segundo especialistas em carreira e RH o importante é ter objetividade e ser você mesmo.

Por Rômulo Martins

Não queira se sobressair dos demais candidatos na entrevista coletivaComparar-se a outro candidato, apontar características que julga negativas e argumentar por que age de forma distinta do adversário não são atitudes inteligentes se você deseja conquistar uma vaga no mercado de trabalho. Na entrevista coletiva, tenha objetividade e seja você mesmo, recomendam especialistas em carreira e recursos humanos.
“Responda apenas o que o recrutador perguntar. Valorize seus pontos positivos sem depreciar os concorrentes”, orienta Ana Paula Mendes Oliveira, consultora da Ricardo Xavier Recursos Humanos. Segundo ela, diferentemente da entrevista por competências, em uma avaliação coletiva as perguntas são fechadas, por isso o candidato deve falar brevemente sobre experiências atreladas à vaga e características pessoais e profissionais importantes para o cargo.
“Numa seleção em grupo o filtro de profissionais é mais rápido. O que conta é o modo de a pessoa se apresentar e se vender para o recrutador. O perfil comportamental é avaliado de uma forma geral”, diz Ana.
De acordo com Tania Casado, coordenadora do Programa de Desenvolvimento de Carreira da FIA, a entrevista coletiva fornece um interessante panorama de como o candidato se comporta diante do concorrente. “É um processo mais transparente e idôneo porque os próprios candidatos observam quem são os melhores, o que dá condições de aprenderem uns com os outros.”
Para Tania, candidatos extrovertidos tendem a aparecer mais, contudo isso não quer dizer que são melhores ou levam vantagem. “O profissional introvertido deve ser ele mesmo. Deve aproveitar o espaço que tem para falar como pode contribuir com a empresa.”
Da mesma maneira, ser o primeiro a falar diante do grupo não significa ter iniciativa. O candidato deve se sentir à vontade para começar. “Às vezes, o candidato está muito nervoso e quer ser o primeiro para se livrar o quanto antes da situação”, revela Ana Paula, da Ricardo Xavier Recursos Humanos.
Obter informações prévias sobre a empresa no site corporativo e ouvir atentamente o recrutador são dicas que ajudam a diminuir a ansiedade e o nervosismo. A escolha adequada do traje também é importante. Roupas decotadas e maquiagem carregada, por exemplo, prejudicam a imagem profissional e podem eliminar do processo, afirmam especialistas em carreira e recursos humanos.